Comentários efectuados por Sidarta
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Olá Pessoal!
Estou gostando muito da "discução" que está acontecendo neste tópico e venho, por via deste comentário, dizer a minha experiência enquanto cego.
Eu acredito que todas as pessoas diferem-se uma das outras, mesmo que o físico mostre que não. Quero dizer que possamos ser cegos, mas teremos modos de ver o mundo diferentes e formas de pensar que divergem uma da outra. Li neste tópico que algumas pessoas disseram que diferenciam a cor dasroupas pela textura, mas eu uso a etiqueta da camiseta, ou seja, caso a camiseta for preta, eu corto a etiqueta de uma forma diferente da forma com que corto a etiqueta da camiseta verde. no caso das calças a mesma coisa.
Quando vou me aperceber do mundo a minha volta gosto de sentir tudo o que percebo. Quero dizer que as pessoas que possuem todos os sentidos, não todas, mas a maioria, olham, escutam, cheiram, mas em todas essas ocasiões não sentem tudo o que percebem.
Podem me chamar de otmista se quiserem, mas creio que tudo que existe tem algo divino, não querendo me refirir a santos ou a deus, pois não sei se quem lerá o meu comentário acredita ou não em um ser criador de tudo, mas digo que tudo é para ser sentido de todas as formas possíveis, visto que todas as coisas, em meu modo de ver, são belas.
Agora, em relação a como sinto o mundo, a resposta penso que será um pouco óbvia de início, mas que poderá divergir para outros sub tópicos mais minuciosos.
Sinto o mundo de todas as formas possíveis. Procuro usar todos os meus sentidos no máximo de suas forças.
Quando acordo procuro ouvir o cantarolar de pássaros. A. Como é maravilhoso ouvir uma fuga de Johann Sebastian Bach com todo seu contra-ponto ou sua polifonia. Como é belo o cantar das cigarras, como é gostoso sentir com as mãos , ou mesmo com o sexto sentido, sentido no qual acredito existir, o sorriso de uma pessoa.
Creio existir muito mais a comentar, mas isso extenderia muito o comentário. Então quero dizer uma última coisa. O mundo em que vivemos é composto de matéria e o que podemos chamar de não matéria, sendo a não matéria o sentimento. Tanto em um quanto o outro, existe muito para ser descoberto. Creio que nos dois casos temos formas diferentes de sentir os dois. Como alguns disseram, atitude na qual sou bem parecido, eu costumo ouvir as pessoas e imaginar sua aparência pela sua voz. Costumo sentir também o sorriso de uma pessoa facilmente. E muitas coisas mais que sinto e percebo. Agora digo, mesmo que não tenho mais a visão, apesar de sentir saudades de um tempo remoto onde tinha como olhar algo, sei que há muitas coisas a mais para descobrir e muitas coisas para apreciar que nunca, jamais apreciei, com ou sem a visão.
Costumo dizer para as pessoas que o cego encherga com o ouvido e escuta com o coração.
Isso pode se incluir na parte que Isabel comentou a respeito da relação entre homem e mulher. Ja, várias vezes, mulheres me perguntaram: Como é que você consegue sentir aquele "magnetismo" no qual os normovisuais sentem ao olhar para alguém? Costumo dizer a frase escrita e explicar dizendo que para eu que sou cego, acredito queo que mais vale é o todo. Sei como que são as mulheres bonitas, pois ja encherguei e pude ver o rosto de muitas mulheres que julgava serem muito bonitas, mas acredito que o que vale é o todo. Acredito que esse sentimento passado por um olhar, ou uma troca de olhares é muito bom, mas nada se compara a semente do sentimento, onde começamos a conhecer a pessoa e cada dia que passa conhecemos mais ela, assim, consequentemente, se apaixonando mais pelo seu modo de ser, pelo seu modo de pensar e pelo seu charme. . Creio ser, essa paixão mais duradoura e mais concreta do que a dita anteriormente.
Muito grato a todos
Sidarta
Olá a Todos!
Bom. Vejo que neste tópico está tendo muitas controvércias. Quero dizer que moro no Brasil e aqui, os deficientes visuais ou cegos que ja aceitaram sua deficiência, não fazem distinção entre chamar ele de cego, de 4 olho, de ceguinho ou de deficiente visual.
Eu acho que isso vai da pessoa. Posso ter uma opinião que diverge do todo, mas não ligo para essas coisas. De fato existe alguma diferença, mas sou deficiente visual total e não ligo se me chamar de ceguinho, cego ou deficiente visual.
Eu acho que isso vai da aceitação da sua situação atual!
Acho super importante trocarmos informações a respeito de como chamamos deficientes monoculares ou deficientes visuais sub-normais em portugal, mas saibamos que vamos encontrar, em todo o lugar, pensamentos que divergem um do outro. O que possamos fazer é mostrar nossa forma de pensar, não impor uma forma de pensar. Acho isso errado!
Isso é o que chamo de classificação involuntária de algo ou alguém. Isso é o que o ser humano faz no seu dia-a-dia. O fato dele me chamar de cego ou de deficiente visual, não vai mudar minha forma de ser ou minha forma de pensar!
Muito Grato
Abraços a todos
Sidarta
Olá Raquel!
Eu sou deficiente visual e cozinho normalmente.
Na minha casa o que tenho é um fogão industrial que sinto falta do acendedor automático.
O que me atrapalha as vezes é o fato de eu não detectar a real direção do fogo, ou seja, as vezes eu coloco a panela um pouco mais para o lado cendo que ela deveria ficar no meio... rsrsrs.
Outra coisa. A marcação de intencidade que geralmente tem para os videntes deveriam estar em auto relevo para os deficientes visuais detectarem.
A minha última dificuldade é quando eu esqueço, as vezes, qual botão que acende determinada boca de fogão, sendo que quando acontece isso com os videntes tem algo escrito ou desenhado para auxiliá-los.
No resto não sinto dificuldade alguma.
OBS:Todas as dificuldades aqui citadas são dificuldades minhas, as quais pode não ser as mesmas para outros deficientes.
Qualquer dúvida estarei aqui para auxiliar
Sidarta
Olá!
Eu sou deficiente visual e fui encinado por outro deficiente que usou a mesma metodologia que o senhor(a) está usando.
Eu demorei cerca de um mês para ter fluência e saber usar o teclado todo, mas este período varia de pessoa para pessoa.
Espero que tenha ajudado
Sidarta
Olá! É muito bom saber que nós, deficientes visuais, não vamos mais considerar uma embalagem de um produto como sendo apenas uma caixa que guarda alguma coisa, pois com esse aparelho poderemos lê-las. Mas ai vem uma contradição.
Eu sei que o inventor teve muita dificuldade para criar uma máquina tão interessante, e entendo também que essa máquina é por devéraz complexa para vender muito barato, mas só que se eles continuarem vendendo por esse preço nenhuma das pessoas que possuem deficiência visual que eu conheço, vão comprá-la.
Como eu ja disse no começo do texto, eu achei muito interessante a iniciativa de criar uma máquina dessa, mas infelizmente não são todos que teram acesso a ela.
Abraços
Sidarta
SidartaOlá Daniel!Eu concordo com tudo que dissestes, pois ja fui um estudante da Wizard e conheço como que essa escola encara essa situação.
Quando procurei a Wizar, fui movido por uma grande vontade de aprender novas linguas e pelo fato de pessoas que me disseram que la, na Wizard eles davam bolsa integral e o curso era em braille.
O curso da Wizard é separado por semestre, ou seja, durante 5 anos temos um livro por semestre, completando no final, 10 livros.
Quando estava no quarto semestre, fiquei sabendo que eles tinham até o livro 5 em braille.
Isso me deixou muito chocado, pois a minha vontade de continuar o curso era muito grande.
Agora penso. Porque que uma pessoa que enxerga pode fazer o curso até o final e eu que sou deficiente não posso?
Isso me deixa por deveras revoltado, pois isso mostra que ainda existe muitos locais que não estão efetivamente, se preocupando com as pessoas, mais sim com o marketing pessoal da empresa.
Quando fui reclamar para a cordenadora do acontecido, fui tratado muito mal.
Hoje em dia eu não estudo mais la e nem gostaria de voltar, mesmo que eles conseguissem o resto do curso em braille.
Foi muito frustrante o modo com que eles me trataram...
Mais agora isso ja passou e estou fazendo outros cursos.
Grato
Sidarta
Olá Camila! Gostei muito de seu projeto, pois sou deficiente visual e gosto de saber que pessoas como você estão se preocupando com os deficientes.
Se você poder me passar o seu email ficaria muito grato, pois não gosto de colocar meu email em sites da internet por questão de segurança.
Depois, nós trocamos informaçoes por email.
Grato
Sidarta
SidartaOlá a todos!
Sou deficiente visual, moro no Brasil e gosto muito de audio games.
É errado quando dizem que não há pessoas interessadas em audio games no Brasil, pois tenho uma grande variedade de amigos com a mesma deficiência que eu, e todos gostam de, em suas horas vagas, jogar um pouco.
Um jogo que gosto muito é o do site: www.ogame.com.br
Este jogo ja foi divulgado no lerparaver e se trata de um divertido jogo que tantos os invisuais quanto os que enchergam pode jogar. Os que jogadores tem como missão desenvolver o seu planeta e formar alianças.
Estou aqui, postando este comentário, para dizer, por mais que existam pessoas que ainda achem que o Brasil é um país perdido, ele está procurando o seu espaço no mundo, sendo assim também estamos procurando nosso espaço na área dos audio games.
Gostaria de trocar mais informações interessantes de jogos que sejam parecidos com este que foi apresentado em meu comentário e gostaria, também, de saber como é que está o mercado de audio games em portugal, afinal, acho que temos que trocar informações para crescermos juntos e conseguirmos conquistar este mercado.
Grato
Sidarta
Olá! Eu sou deficiente visual e nós podemos conversar via email ou Msn. Se você puder me passar o seu email, Seria melhor para conversarmos...
Grato
Sidarta
Olá! Eu achei essa idéia ótima!
Eu, como deficiente visual, tenho dificuldade de andar na rua, pois de vez em quando me perco e preciso pedir ajuda para alguém. Esse alguém nem sempre está disponível para me ajudar e nem sempre está passando na rua em que eu estou, isso é, se a rua for muito calma.
Eu acho que esse seria um avanço fantástico para a independência do deficiente visual.
Gostaria muito que isso fosse em frente para que nós, deficientes visuais, possamos contar com mais um instrumento para a nossa total independência.
Grato
Sidarta
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