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Áudio-descrição: Opinião, Crítica e Comentários - blog de Francisco Lima

Compensação Sensorial da Pessoa Cega: Mito ou Realidade?

por Francisco Lima

Muitos mitos sobre a pessoa com deficiência têm encontrado na ciência “respaldo”, talvez pelo próprio fato de muitos cientistas se deixarem levar por esses
mesmos mitos ao concluírem a partir de seus dados.
Exemplo disso é a conclusão que alguns estudiosos construíram a respeito da incapacidade de as pessoas cegas reconhecerem desenhos. Alternativamente a
essa ilação, o baixo desempenho na nomeação de desenho . s hápticos pode encontrar explicação, por exemplo, na falta de treino da pessoa com deficiência visual
em examinar configurações hápticas e não na mediação visual (Lima, 2001).
A crença em poderes extraordinários, compensação sensorial auditiva e tátil etc., também fazem parte dos mitos populares e que alguns especialistas, professores,
psicólogos e mesmo cientistas repetem historicamente (Lima 1997). No
estudo que publicamos na seção "RBTV Apresenta"o leitor da Revista Brasileira de Tradução visual (www.rbtv.associadosdainclusao.com.br pode ler a respeito de alguns desses mitos, lá discutidos:
“Algumas controvérsias são observadas em relação ao desempenho de indivíduos cegos na avaliação da capacidade auditiva e tátil. Uma possível diferença nos trabalhos refere-se ao desempenho de indivíduos que ficaram cegos precocemente, o que indicaria habilidade cerebral para compensar a perda da entrada visual. Em relação à percepção sensorial de estímulos auditivos, o mais provável é que cegos não tenham a capacidade auditiva superior aos sujeitos normais per se, mas, preferencialmente, usem adequadamente as pistas disponíveis para um melhor processamento auditivo espacial (Lewald, 2002)...”

Tem interesse nesse assunto, venha conferir o artigo na www.rbtv.associadosdainclusao.com.br .

Você acha que as pessoas cegas ouvem, de fato, melhor que as demais pessoas?
Você considera que o tato das pessoas com deficiência visual é mesmo melhor que o das pessoas sem essa deficiência?

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