Louis Braille: O Apóstolo da Luz

Louis Braille, O Apóstolo da Luz

Tocando o mundo através do Braille

O Braille é o meu melhor amigo e júbilo do meu coração!
Quando toco os seus pontinhos com as gemas dos dedos vibrante de emoção,
Só me apetece gritar de felicidade ao mundo,
Pois ele tornou o meu espírito livre mais fecundo!

Marco Branco (poeta surdocego)

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O Despertar das Almas

Nenhum método de escrita para cegos
Poderá, jamais, igualar com o Braille!
Pois sem ele seríamos iletrados sem projectos,
Ou melhor, nada seríamos sem o Braille!

Ele é o nosso horizonte ilimitado
Que exploramos ardentemente com sequiosos dedos
E o nosso espírito é transportado e Iluminado
Ao elevar-se acima da matéria e penetrando nos invisíveis segredos.

Ele é um farol na noite densamente escura,
A esperança numa nova vida,
Com ele granjeamos fé e cultura
E a nossa meta tão almejada é atingida!

Homens e mulheres ilustres são testemunho
De uma força de vontade sem limites,
Lutam contra a discriminação no mundo
E não aceitam dos outros sentimentalismos nem pieguices.

Traçam o seu próprio itinerário,
Ah, que valentes itinerantes!
O medo é o seu maior adversário
Que testa os mais persistentes amantes.

Foi o fim do nosso isolamento,
Do asilo e da quarentena.
Abriu-nos as portas do conhecimento
E hoje vivemos uma vida plena!

Permitiu-nos o acesso à educação
Que antes mão passava duma miragem,
Pois não tinham por nós dignidade nem consideração,
E nós, resignados, também desfavorecíamos a nossa imagem...

A Louis Braille mui do nosso êxito devemos!
Somos hoje uma alma renascida.
Como nosso salvador o reconhecemos
E eternamente lhe estaremos em dívida!

Presenteou-nos com o mais belo presente
Que amámos infinitamente com o nosso tacto.
Fim de um medieval passado, começo de um risonho presente.
Com o mundo já temos contacto!

Vemo-lo através de imagens tácteis,
Deslumbrantes revelações que jamais imaginámos existirem.
E tornamo-nos observadores hábeis.
Seria bom todos assim reflectirem...

Marco Branco (poeta surdocego e grande admirador de Louis Braille)