Comentários efectuados por rui batista
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Gratuito para utilizadores do Office.... Mas o office paga-se, e não é pouco (mesmo para estudantes, etc.). O NVDA é livre para todos, inclusive utilizadores do Office :). O Window-Eyes é o que podia ter sido um bom leitor de ecrã mas.... mas.... mas... A julgar pela realidade de "nós por cá", já fostes.
O dito tem, de facto, alguns conceitos interessantes, eu próprio inspirei-me nele para criar o anel de definições de voz do NVDA (lá para 2007 ou 2008) mas com o tratamento que lhe tem sido dado, é mais chatices que outra coisa qualquer. Infelizmente, já que, até à pouco, foi *introduzido* como ajuda técnica para uma data de gente.
Viva,
Acho que há alguma confusão, que sempre houve, quanto ao dosvox. O dosvox *não é* um leitor de ecrã. Te o monitvox, que esse sim pode ser considerado como tal.
O dosvox também não é um sistema operativo / sistema operacional. Não é porque não faz a comunicação entre o utilizador e o hardware. Sistemas operativos são o Wiindows, Mac OSX, gnu/linux, etc. O mau é que os próprios defensores e desenvolvedores do dosvox usam uma terminologia completamente desajustada.
O dosvox é um ambiente de trabalho para cegos, um conjunto de ferramentas, o que queiram chamar. Na minha opinião, actualmente, não deveria ser usado para iniciação à informática, a não ser que se prove por A + B que o aluno não consegue usar as ferramentas comuns do Windows, como browsers, email, etc. Lá tem as suas utilidades, porém considerá-lo ainda como a salvação dos cegos... é desajustado. Chega a ser cómico.
Triste que se organizem estes congressos para no fim tirar como conclusões as mesmas premissas que todos já conhecemos... Se coisa mais interessante por lá se passou, pouco ou nada se sabe, consequências deste elitismo dos "especialistas". Por isso julgo, pessoal e honestamente, que isto é pouquinho mais que o show-of do costume (iria dizer transversal às várias dNs, da Acapo, mas provavelmente a palavra indicada é *paralelo*).
Em primeiro lugar gostaria de dar ao Aquilino os meus parabéns por esta postura. Não é para todos.
à cerca de 3 anos, quando eu e os outros membros do megaTTS fazíamos podcasts regulares, tivemos tanto a participação do Aquilino como do Rui Fontes. Foram ambos duma disponibilidade fantástica. E essa disponibilidade traduziu-se em muito mais que meras participações em podcasts. Da Ataraxia, agora distribuidor do JAWS e alvo de muitas dúvidas da comunidade, tivemos "white noise".
Eu não sou utilizador regular do JAWS, como quem me conhece sabe. Não se trata duma questão de não gostar ou achar caro ou que não tem qualidade. É sem duvida o leitor de ecrã mais completo da actualidade. Porém nunca senti necessidade do mesmo. Conheço, no entanto, muitas das suas funcionalidades e formas de interacção. Sem o suporte que o Rui Fontes tem dado nos últimos anos, com ou sem traduções actualizadas, duvido muito sinceramente que a maioria dos utilizadores do dito leitor em Portugal e não só tivessem conseguido o domínio necessário para o utilizarem de forma eficaz nas suas vidas. É um programa com uma interface complexa, e por vezes não muito "intuitiva". Nem toda a gente tem a capacidade ou os conhecimentos para a dominar sem ajuda ou formação. E quanto as traduções, que no fundo era a única coisa que eu ouvi queixas, os novos distribuidores não agradaram lá muito ao publico, para não dizer pior.
Por outro lado, e não tendo eu próprio nenhuma queixa da Ataraxia (diga-se de passagem, nunca lá adquiri nada também), a fama que têm por aí não é das melhores. Questiono-me se conseguirão, ou terão se quer interesse, em dar o suporte ao JAWS que o Rui tem dado, por esse país e por esse mundo. E ao que me consta não apenas a quem lhe comprou o JAWS, ou se quer comprou o JAWS a alguém (para bom entendedor meia palavra chega). Isto tudo já sem falar nos possíveis aumentos de preços e afins, que não são nada a desconsiderar. E não comento as políticas de concorrência que o Aquilino menciona, a redundância afecta-me o sistema nervoso central :).
Neste mercado das tecnologias para cegos (não vou usar a tiflotecnologia ou o raio, estão sempre a mudar os termos) a relação com o cliente parece-me ainda mais importante e indispensável do que noutros. O "passa palavra", a confiança, etc etc etc fazem os consumidores felizes, mais do que "trabalhar com os melhores". E muito sinceramente a palavra que me têm passado da Ataraxia não se compara nem de perto nem de longe com o que tanto o Rui como o Aquilino têm feito transparecer. E daí que eu afirme convictamente que temo pelos utilizadores do JAWS em Portugal. Sem ajudas técnicas, sem um suporte próximo e sem "soluções alternativas" (sim estou a falar de cracks), vai haver menos JAWS. Vai mesmo.
Alguns até poderão dizer que isso até é bom para mim, porque gosto muito do NVDA e tal. Todavia Além de eu não ganhar nada com haver mais utilizadores do NVDA (só satisfação) sei que mudanças forçadas só vão progedicar as pessoas. Para muitos será um retrocesso, uma adaptação, o que seja. Isto falando em mudanças para o NVDA, ficando com versões antigas do JAWS, ou o que quer que se arranje como solução alternativa. E já que se fala no NVDA fica aqui a dica para quem por aí diz que "nós" dizemos que é igual ao JAWS: não, em certas tarefas específicas ainda não é igual ao JAWS, aliás é diferente do JAWS, como é dos outros. É bom numas coisas, mau noutras, como tudo.
Para resumir esta coisa toda. parabéns ao Aquilino pela atitude tão... limpa. E parabéns ao Rui Fontes por tudo o que tem feito pelos utilizadores do JAWS e da informática no geral. Qualquer coisita estou por ái.
Rui Batista
P.S. Este texto é da minha, e só da minha responsabilidade. Já para não haver confusões.
Caro Filipe,
Concordo contigo que seria mais interessante que os cegos fossem as "personagens principais". Mas para isso não precisamos necessariamente de jornalistas. Existe o Youtube, e se o "sai da frente guedes" é visto, porque não? Basta arranjar quem filme e produza a coisa (e há-de haver um amigo do amigo de alguém para isso), e nós decidimos os conteúdos. Eu não me importaria de entrar numa coisa dessas. Se achamos que deveria ser de outra forma, porque não mostrá-lo nós mesmos?
Julgo que, para não variar, os cegos estão também sempre prontos a criticar. Obviamente que a reportagem teve pontos negativos e todos sabemos quais foram. Agora tomara, e reprito: tomara, que todas as reportagens sobre os ceguinhos deste país fossem como esta. Claro que a jornalista nunca poderá ter a real sensação como é deixar de ver e ter essa condição como permanente, mas ao menos tentou. Lembram-se de outra reportagem nestes termos? Ela mostrou exemplos de autonomia, inclusão, etc. Este "bota-abaixismo" (que não é, obviamente, exclusivo dos cegos) nunca trouxe nada de bom. Pá... Enquanto houver pontos positivos há que aproveitar! Tirando o comentário do Daniel, poucos referiram realmente a diferença que esta reportagem fez em relação a muitas outras.
Just my 2 cents.
Estas propostas não são novas nem muito menos a ideia que tenho delas. Vindo de quem vem Passa por ser pouco mais do que demagogia e boas intensões.
Imagine-se o seguinte caso: numa mesa de voto com poucos eleitores (por exemplo no interior do país) em que só exista um cidadão com necessidade de votar em Braille, na hora da contagem dos votos será bastante simples que toda a mesa de voto saiba em quem esse cidadão votou... Ora lá se vai a privacidade do eleitor... Se é assim mais vale que seja uma pessoa de confiança a saber o voto do que uns alietórios membros duma mesa de voto... A solução mais prática é sem dúvida o voto electrónico, e para todos. Fralde por fralde é mais dificil nesse caso do que no actual e complicado papel.
Filipe,
SDL e openGL não são de todo acessíveis aos cegos... Repara, tu escreves em código, tudo bem, sem ferramentas de desenho (não é bem assim, pode-se usar modeladores mas pronto) só que tens de saber as coordenadas ao pixel no ecrã. Para além de que, no caso do openGL, existem dois referenciais, o da câmara e o do mundo... Para um cego poder se quer fazer coisitas simples tem de ter bons conhecimentos e prática em geometria no espaço. No caso do WX, GTK ou XUL (utilizado pelo firefox) a gestão da geometria é feita pelo modelo de caixas, na maioria das vezes a unica c oisa a pensar e o layout dos controlos uns relativamente aos outros e os tamanhos... Isso facilita não só os cegos como todos os programadores, o gestor de geometria tem muitas vezes em conta mudanças na resolução, no tamanho da janela, ETC... Tu como programador web sabes a chatice que é programar para vários ecrãs, não usar px no CSS mas sim percentagens e outras medidas relativas.
my 2 cents...
Viva,
Penso que não me expliquei bem, o gtk não é acessível ao jaws nem a qualquer leitor de ecrã no Windows (no Linux é o mais acessivel). O NVDA é acessível porque não usa GTK, usa wxPython, ou python com wx, como preferir. O wx é programado em c++, mas se sabe c e e programação orientada a objectos não lhe será dificil... Python com wx penso que é fácil, eu mesmo já fiz pequenas aplicações, com a vantagem de correrem também em linux sem alterações. Quanto a instalação do wx-dev não o vou poder ajudar, não utilizo o Windows nem tenho nenhuma máquina com ele instalado para poder testar, quando a tiver vou tentar porque tenho alguma coriosidade.
Poderá perfeitamente fazer a sua interface em c/c++ com o wx e a lógica da aplicação em object-pascal, basta fazer bibliotecas e chamar umas das outras, penso que saiba como tratar disso, mesmo melhor que eu.
Noutra prespectiva eu também gosto de java com SWT, mas a gestão de geometria não é tão óbvia como no wx ou gtk.
Quanto à questão dos cegos poderem ou não programar interfaces gráficas (levantada pelo José Filipe), penso que o devem pelo menos tentar fazer. Programar apenas para a linha de comandos é fácil mas chato de utilizar, e pouco ambicioso. Programar para a web também é bom, um cego a programar a parte lógica da aplicação (parte serverside) tem tantas pussibilidades como qualquer outro, na interface é pior mas normalmente trabalha-s em equipa. Pneso que os cegos devam, ainda assim, aprender html css e javascript, se aprenderem php ou python para a web, é sempre uma mais valia.
Viva,
Quanto a primeira questão, sim, pode, não com base em editores visuais tipo visual studio mas pode. Não é fácil, convem ter uns olhos a dizer se está bem ou mal, devez em quando...
Quanto à segunda questão, bem existem várias hipóteses.
Em c/c++ o wx, para windows não é mau, para linux o gtk ou wx servem bem. Em java o swt é a melhor solução mas a biblioteca swing também dá para fazer umas coisas com recursos a gestores de geometria.
Em python tem o wxpython e o pytgh (gtk para python). O primeiro é utilizado para a interface do NVDA, o segundo usa-se em linux e sistemas afins.
Conheço também quem programe no visual studio mas não sei como se safam.....
Existem também outras bibliotecas, utilizar a api do Windows não é impossivel mas é, no mínimo, suicídio informático.
Cumprimentos,
Rui Batista
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